segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Feira

Sempre gostei de feiras.
Quando eu era criança gostava por causa dos pastéis. Até hoje quando sinto o cheiro de pastéis fritando lembro dos domingos de feira na Vila Maria e no Parque Novo Mundo.
Na adolescência o cheiro de feira mudou: passou a ser o dos temperos, raízes, cascas de árvores e outras plantas.
Entre o cheiro das feiras paulistanas e das nordestinas, as segundas ganham de longe (se em ambas nos mantivermos longe das barracas de peixes).
São sacos, sacolas e potes em diversos tamanhos, arrumados conforme as "indicações". Os temperos, mais conhecidos, ficam separados, perto da balança ou com os copinhos e latas dosadores.

Conversar com um comerciante de ervas e temperos em uma feira no sertão é uma verdadeira aula. E as garrafadas? Curam de tudo! (Mas isso é assunto para outro post)

Sempre que visito uma cidade do interior pergunto pelos dias de feira.
Compro queijo coalho e queijo manteiga, tapioca (medida em latas de óleo) e, apesar de amar os cheiros, nunca comprei uma raizinha sequer. Nenhuma lasquinha de casca ou folha seca. Olho tudo, pego, cheiro, pergunto pra que serve, mas nunca compro.
Vou tentar mudar isso na minha próxima visita à Pariconha ou Água Branca. Quem sabe volto com algumas sementes de plantinhas cheirosas pra plantar em vasinhos coloridos e tentar trazer um pouquinho do cheiro de feira pra minha varanda.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Uma coisa puxa a outra


Os eventos e mudanças do dia-a-dia se sucedem numa lógica que, muitas vezes, nos escapa. O que queríamos para ontem acontece amanhã (ou não acontece nunca) e o que nem queríamos mais de repente se materializa do nada.
Quantas vezes estamos tristes, doidos por uma ligação ou visita de um amigo e ninguém dá as caras? Ou então só aparece gente de mau humor ou com problemas piores que o nosso? Aí quando passa o banzo e estamos bem e sorridentes novamente o povo começa a ligar só pra falar besteira, deixar recado do face, enviar sms, chamar pra um vinhozinho, partida de buraco e outras coisas do tipo. 
Ou quando estamos precisando ou querendo trabalhar e não surge nada. Nem um freelazinho pé-de-chinelo. Mas assim que você consegue alguma coisa, ou arruma outra ocupação e se compromete, se empolga, aqueles convites que você esperou tanto começam a chegar e você não tem como aceitar sem ressalvas. Você se pega tendo que deixar aquela pessoa que te ajudou na hora da necessidade na mão, ou tendo de desistir daquele curso maravilhoso que já estava na metade, ou adiar um projeto que te custou semanas de planejamento. Terrível!
Mas porque acontece tudo isso? 
Uns dizem que Deus joga dados; outros que cada coisa tem seu tempo. 
Há alguns anos apareceram uns livrinhos que viraram fenômenos de vendas que explicavam uma tal "Lei da Atração". Eu ganhei um deles (com o mesmo nome) que ficou em uma das minhas prateleiras um tempão. Em 2011, numa arrumação, eu o tirei do plástico e li. As idéias pareciam que só com as de um documentário que ganhei no meu aniversário de 2008 chamado "Quem somos nós". Mas pareciam ter sido escritas para crianças ou semi-analfabetos (...). Várias repetições, explicações pormenorizadas demais, exemplos tolos (depois fiquei sabendo que isso é comum em livros de auto-ajuda).
Mas a ideia é a seguinte: você atrai o que está vibrando na mesma sintonia que você.
Não é que faz todo o sentido?
O problema é irradiar felicidade e sentimento de fartura e abundância com um monte de contas pra pagar e a conta bancária zerada. Ou se imaginar linda, esbelta e saudável se o espelho e a balança mostam o contrário. 
Mas nas coisas simples do nosso cotidiano é muito interessante aplicar o princípio. E quando olhamos os exemplos na nossa vida, vemos que realmente as coisas boas costumam acontecer quando estamos bem, ou pelo menos quando não estamos pessimistas. E pra nossa chateação, o contrário também acontece com frequência.
Faça o teste! 
Encontrei o livro ontem em uma das caixas da mudança que abri. Se quiser emprestado é só me ligar.

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