quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Comer, rezar e amar


Considerações iniciais importantes sobre o tema

Semana passada. depois de uma reunião da Cejac (Comissão Estadual de Jornalistas em Assessorias de Comunicação) a Kelma me chamou para ir ao cinema achando que eu não iria. Aceitei e acabei segurando vela e quase a apagando com lágrimas. Mas está me rendendo um post. Coisa que já está virando caso de promessa...

Eu não li o livro, só posso falar sobre o filme. Também não entendo nada de crítica de cinema, isso aqui são só alguns comentários.

Isso pode!


A protagonista
 


Lá estava uma Julia Roberts de rugas assumidas (completa 43 anos no dia 28 - vi lá na wikipédia), encarnando uma Liz Gilbert na casa dos 30.
 
Não critico as rugas da atriz - a idade não deixou seu rosto menos belo e é uma demonstração de personalidade - e sim sua escolha para o papel, com tantas outras em idade mais adequada. Ela é linda, mas daí a passar por uma mulher dez anos mais jovem parece meio forçado.



A personagem em si não tem muita profundidade, então não sei dizer qual o grau de dificuldade para intrepretá-la. E na minha opinião, as personagens da Julia são sempre muito parecidas. Deixo essa parte para os entendedores....




Prazer, devoção e equilíbrio.

A jovem e talentosa escritora, casada e infeliz, resolve se divorciar e após outro desencontro amoroso parte em uma viagem de um ano pelo mundo em busca de si mesma. Se perder para se encontrar. Clichês. Bonitos e repaginados, mas ainda clichês. 

Visita a Itália (prazeres mundanos), a India (recolhimento e elevação espiritual) e a Indonésia (serenidade, autoconhecimento e finalmente: o amor). Nestes países, em locações belíssimas, os verbos que dão nome à história são plenamente conjugados. Com direito a namorado brasileiro (nada convincente) e tudo.

Entre os países que começam com "i", Elizabeth Gilbert não poderia ter escolhido melhor. Cultura, beleza e calor humano. Um ganho enorme pra quem começou a tratar a depressão com livros de auto-ajuda. Seria ótimo se todos nós tivéssemos condições de ter uma crise existencial - com 30 anos -  viajar pelo mundo para encontrar o equilíbrio perdido. Muitos nem se equilibraram ainda...


Fotografia





Gostei da fotografia do filme. Lindas tomadas em paisagens exuberantes e ricas em detalhes. Além da arquitetura e dos componentes culturais: pessoas, feiras, festas e animais



 Tudo muito colorido e exótico.




Sou suspeita para falar em fotografia, mas  você nem precisa ver o filme para imaginar o tipo de trabalho fotográfico que pode ser feito quando se está na Itália, na India ou na Indonésia.




 




 Este casamento indiano parece coisa de novela..
;-)







Olha só o chão desta feira em Bali como é limpinho.



Gostei das amizades inverossímeis que Liz fez pelos locais em que passou. Das tiradas irônicas e divertidas de alguns. De saber que outras se empanturram de pizza sem medo do ziper da calça jeans. De ouvir canções em língua portuguesa.


Se você consegue assistir a um filme apenas pelo entretenimento que proporciona, sem julgamentos ou intenções mais elevadas, pode ir ver o filme. 

No caso de ser uma chorona como eu leve, o lenço ou vai acabar enxugando os olhos e o nariz no ombro do namorado. 








 Ficha técnica

título original:Eat Pray Love
gênero:Drama
duração:02 hs 13 min
ano de lançamento:2010
site oficial:http://www.letyourselfgo.com
estúdio:Columbia Pictures|Plan B Entertainment|Red Om Films
distribuidora:Columbia Pictures (EUA) | Sony Pictures Releasing (Brasil)
direção: Ryan Murphy
roteiro:Ryan Murphy e Jennifer Salt, baseados no livro de Elizabeth Gilbert
produção:Dede Gardner
música:Dario Marianelli
fotografia:Robert Richardson
direção de arte:Charley Beal
figurino:Michael Dennison
edição:Bradley Buecker
efeitos especiais:Drew Jiritano (coordenador)
     
Adriana Cirqueira
Trailer do filme: http://www.youtube.com/watch?v=cji7pUWhBi8

Ouça o Samba da benção, na voz de Bebel Gilberto: http://www.youtube.com/watch?v=AsmfHJIer9o
     

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